quarta-feira, 15 de outubro de 2014

EMBABACADOS


   Todo ser humano precisa cultivar certa dose de auto confiança. A ausência de uma quantidade mínima pode, em situacao extrema, acometer de síndrome do pânico onde a pessoa chega a ter medo de sair da pseudo fortaleza de sua casa.
   A sociedade moderna criou a adolescência,  uma espécie de limbo entre a infância e a idade adulta e curiosamente neste período entre os 11 ou 13 anos até os 18 ou 21 todo ser humano socializado passará por seu período de maior auto afirmação e auto confiança. Parte desta sensação provocada por níveis hormonais só experimentados neste período de amadurecimento das glândulas sexuais e parte por experimentar mais autonomia, principalmente por amadurecimento social. Lamentavelmente alguns pais parecem querer alimentar esta sensação equivocada de  auto suficiência "embabacando*" seus filhos.
   Sorte desses adolescentes iludidos por quem deveria lhes mostrar a realidade que, apesar da equivocada proteção dos pais, chegará o dia de encarar os chefes e a distância entre as suas referências e a realidade começarão a se aproximar.
Embabacando - derivado de "babaca". Expressão utilizada socialmente como bobo, chato que segundo dicionário da língua portuguesa é sinônimo de vagina.

SINTONIA



O mundo tem se transformado em ritmo cada vez mais acelerado. Como resultado desse ritmo apressado das mudanças, é comum ouvirmos de sensações de estar sempre atrasado em relação a tecnologias o que vou chamar de" fora de sintonia".

Com o avanço da tecnologia digital algumas figuras de linguagem foram pouco a pouco perdendo sua significância. Como exemplo podemos citar que "caiu a ficha" para expressar que um conceito ou pensamento foi assimilado, tornou-se inapropriado depois de mais de uma década da substituição dos telefones públicos de ficha por aparelhos com cartão. Hoje praticamente nao existe demanda para telefones públicos em cidades médias e grandes uma vez que a pulsação se utiliza de telefones celulares. "Virar o disco" já não serve como exemplo para utilizar outro argumento ou mudar de assunto depois de mais de 20 anos da invenção dos CDs. Embora o rádio tenha se tornado uma forma de difusão menos popular que a televisão e a Internet embora se possa ouvir rádio tanto na televisão como na Internet, a idéia deste "post" digitado de um "smartphone" vem da necessidade de nós seres humanos precisamos de sintonia como os "dials" dos radios antigos que procuravam a frequência da transmissora girando o botão até encontrar a onda e mesmo depois de encontrar, sempre se procurava encontrar a sintonia perfeita com um pequeno ajuste e mais um em busca da sintonia prefeita que nunca chegava.

O ser humano precisa, assim como no rádio analógico, buscar uma melhor sintonia em suas relações cotidianas. Mesmo que assinamos que os ruídos sempre estarão presentes. Por que quem emite as ondas frequentemente altera a frequência e quem recebe precisa buscar a melhor sintonia. E principalmente por que diferentemente do rádio onde só um emite, nada relações humanas os papéis de invertem a cada frase.

TER ou SER? Eis a questão.


Certamente é mais difícil ser nobre do que aparentar nobreza. Ter atitudes respeitadoras, preservar valores e agir conforme regras boas maneiras certamente parece estar cada vez mais em desuso quando comparado a repeitar tendências tecnológicas, pagar altos valores e agir conforme a moda.

Pais presenteiam seus filhos com idades cada vez menor com iPads e telefones celular de última geração, Vídeo Games que fazem as crianças e adolescentes se conectarem com o mundo virtual sem dedicar uma ou algumas horas de seus dias para estar com eles. Deixam a disposição serviços de entretenimento que são impossíveis de ser consumidos em uma vida inteira, mas ignoram costumes como almoçar a mesa TODOS JUNTOS, ouvir e falar sobre assuntos e sentimentos, entender o contexto escolar e conhecer os ciclos de amizade destes. Disponibilizam cartões de débido e crédito para os filhos sem nunca lhes ensinar como devem lidar com o dinheiro e para piorar se abstém de ensinar os valores da vida.

Desta forma as pessoas aprenderam a se sentir mais diferenciadas proporcionalmente ao preços que pagam pelas coisas e pela exclusividade de acessórios tecnológicos que utilizam antes dos demais. Na contra mão de serem presentes nas vidas dos seus familiares e serem os primeiros a ajudar uma pessoa idosa ou uma mulher com uma criança no colo. Vamos tornando as nossa sociedade cada dia mais fútil e superficial, pagando cada vez mais por isso, mesmo que seja para não ter nada em troca a não ser produtos e relacionamentos cada vez mais perecíveis.

COBRAR OU CELEBRAR


Do cliente ao parceiro (cônjuge).  Quando cobramos o que quer que seja, nos aproxima ou nos afasta?
1h depois do combinado e a Pergunta:
Situação 1: - Que "hora" de chegar heim!
Situação 2: - Que bom que você chegou!
Muito provavelmente alguém que seja constantemente recebido com este exemplo passe pouco a pouco, talvez sem perceber,  se privando de uma conversa casual com aquele amigo que encontrou inesperadamente no caminho de volta pra casa. Ao contrário, outro que seja acostumado com o segundo exemplo, talvez também sem perceber,  chegue em sua casa com olhar transmitindo alegria e imediatamente compartilhe com seu  (a) parceiro (a): - Encontrei o "Juca"!
Toda relação transparece no comportamento dos envolvidos o perfil comportamental do outro.  Seja na conversa contida daquele que convive com um ciumento ou na tranquilidade em relação ao tempo do que se relaciona com o seguro e confiante. Nossa vida é invariavelmente resultado das escolhas que fizemos ou "deixamos de fazer". Escolher cobrar ou celebrar a vida do outro pode mudar a nossa. Precisamos nos manter atentos ao nosso modo de ser e sempre lembrar que nosso comportamento "fala" mais alto a quem amamos quem somos em relação a eles. Embora muito parecidos,  a situação 1 cobra enquanto a situação 2 celebra a chegada do ser amado.

BATER A PORTA


Bati a porta na cara do meu amor
Fiquei silente o dia todo para que ele percebesse o quanto me fez sentir raiva
Me afastei do seu abraço e tampouco ofereci o meu
Ele precisava de uma lição!
Neguei também meu Beijo e meio olhar
O mesmo que ainda outrora, sorria ao contemplar sua presença
Me fiz espinho e guardei a rosa
E sendoeu para ele uma rosa,  não pode evitar que sentisse meu perfume e admirasse minha beleza.
Me fechei. Calei querendo que meu silêncio o ferisse de alguma forma. Fiz escudo com minha raiva querendo evitar o seu amor.
Decidi manter a porta fechada. 

QUASE NADA


   Imaginemos que é possível suprimir a busca pelo dinheiro e conquistas materiais além da busca pelo ideal de aparência. Para a maioria das pessoas sobraria alguma coisa? 
   Apenas imaginar que todos teríamos exatamente a mesma aparência e que o avanço de alguma nova tecnologia garantiu a produção de comodities e produtos antes manufaturados para todos os habitantes do planeta, para o que dirigiríamos nossa atenção, nosso tempo, nossa vontade? Existe algum objetivo a ser alcançado além dos dirigidos para você mesmo?
   O exercício deve ser diário. E é preciso saber que será obrigatório passar por nossas futilidades e nossas fraquezas. Será preciso enfrentar a falta de sentido que muitas vidas tem e buscar alternativas para possíveis vazios exisrenciais. Pra que você vive? Se acabasse o dinheiro e aparência o que sobraria?

COBRANÇAS


   Algumas são as variações das cobranças. De como fazemos ou de como somos cobrados.
   A cobrança daquilo que não se sabe, com um ar de "deveríamos saber".
   Outra trata-se de quando a "solução" encontrada pela outra parte é diferente do que se tomaria, ou mais cara, ou mais simples.
   Uma terceira, dentre as tanta variações possíveis, é quando se cobra por aquilo que foi combinado.
   Certos de que toda ação gera uma reação,  podemos escolher a reação mais provável como resposta a cada intervenção social que fazemos.  No trabalho, com amigos ou com a família, se quisermos, podemos abdicar de nossa consciência e sempre reagir por impulso,  dispensando o espaço que a consciência nos permite.  Podemos escolher ser mais natural,  mais próximos de bichos ao invés de nos aproximar de nossa humanidade e nos permitir um tempo entre o estímulo e a resposta.
   Se fizermos a escolha por buscarmos mais nossa humanidade,  muito provavelmente, passemos a permitir mais do que cobrar.  Passaremos do lugar onde "não pode isso",  "não deve aquilo" para conversas sobre "o que posso entender por isso",  esta situação,  etc. Se escolhemos caminhar para esta direção e fazer esta travessia,  pode ser que nos aproximemos a cada passo um pouco mais da
nossa humanidade e passemos a nossa ajudar mutuamente a sermos melhores com menos cobranças.  Ao menos a forma de cobrar,  certamente será outra.

RECLAMADORES


   Parece que nos habituamos a reclamar. Aprendemos com os mais velhos desde muito pequenos e passamos a considerar normal.
   Precisamos nos perguntar de quem deveríamos reclamar. Para o "chefe" injusto ou para o funcionário reclamador que nunca poupou "uma prata" e depende demasiadamente do seu salário?  Do cônjuge " desatencioso" ou da própria agenda com pouco espaço e prioridade para o relacionamento?  São muitos os paralelos possíveis de uma mesma situação.
   Há de decidirmos se assumimos o papel de coadjuvantes ou de protagonistas das próprias vidas. Certos de que não controlamos nada e conscientes de que influenciamos tudo, precisamos decidir em qua nível será a atuação em nosso roteiro.
1- NÃO RECLAMAR -FAZER
2- RECLAMAR - FAZER
3- RECLAMAR - NÃO FAZER
4- NÃO RECLAMAR - NÃO FAZER

AMAR É ESCOLHER


   O amor é de "propriedade" de quem sente.  Ainda que seja dirigido para outro alguém,  quem o sente é seu "proprietário."
   O amor que "eu" sinto por alguém está para "ele" como a flor está na floreira. O florescer independente da colheita ou da vontade de alguém por admirar a flor. A flor germina,  cresce e floresce.
   Aquele que ama é livre para nutrir ou gerar inanição em seu sentimento. Pode escolher utilizar o "alimento" que o "objeto"  amado fornece ou decidir sessar o fornecimento de mão única.

O RISCO DO FRANCISCO


   Diz o ditado popular que "para um bom entendedor um pingo é letra" ou que "para bom entendedor um risco é Francisco". Será? Será mesmo que tudo quer dizer alguma coisa? Que todo ser humano é tão previsível e óbvio? Ou que o que se pretende dizer é realmente o que o outro viu ou quis ver?
   Somos mais do que cada um imagina ser. Vamos além de nossas bordas. Somos seres que transbordam. Somos lembrados por quem sequer imaginamos, marcamos algumas pessoas por coisas que as vezes consideramos insignificantes.
   Apesar de todo desenvolvimento da psicologia comportamental e todo estudo de linguagem corporal,  facial e estudo da escrita, as vezes, o risco é só um rabisco.
"O risco era só um rabisco e não Francisco."

DESORIENTAÇÃO

   Era só tumulto e tristeza dentro de mim. Eu sabia o que queria embora não tivesse a menor idéia do que precisava. Algumas feridas tinham as cicatrizes visíveis e outras sangravam. Estas pulsavam e me lembravam o pulso constante e incessante do coração e da vida. Haviam muitos buracos que nenhum dinheiro era capaz de pagar o conserto.  Eu era desorientação que desabava em convicções agora perdidas na escuridão do futuro que eu perdera interesse momentaneamente. Em mim não havia nada de rio, que segue seu rumo independentemente dos obstáculos que encontra em sua frente. Eu me sentia fraca e dependente. Cobrava tudo o qua não dava e pedia o que não podia retribuir. Era muito muita coisa perdida sem forma sem direção

QUASE INDIFERENÇA


   Não que eu te deseje a morte, mas não te sentiria falta. Muito menos seria capaz de matar-te, mas não me causaria choro. Nem consigo te imaginar defunto, tampouco teria meu tempo ou atenção para meu prestígio ou confirmação de teu adeus.
   Tua vida não me importo.  Vale nada pra mim. Por ser assim tão pouco, és quase nada significativo.  Não fossem as pessoas que lhe guardam algum valor a me cercar,  nem pra mim existiria.
   Te conhecer eu não estimo,  menos ainda por saber o pouco que sei por outros.

HORA DE PARTIR

   Embora seja possível alguma antecipação sobre a hora de se despedir, é mais provável que sejamos surpreendidos. É pela imprevisibilidade que precisamos decidir a cada instante de que maneira cuidaremos dos jardins que temos em nossa vida. O jardim da amizade, o da saúde, o da família, o do trabalho, etc.. Talvez tenhamos a sorte de  estarmos cansados por termos tido vida longa. Até nesta situação o que quer que tenhamos feito de nossa história influenciará a nossa despedida. Ainda que não haja um motivo para sentir vergonha precisaremos ao menos de um fato ou um só motivo para sentirmos orgulho e ganharmos a sensação de não ter vivido em vão.

ENCOLHIMENTO

Você diz que precisa de carinho enquanto me "dá" cobrança e julgamento;
Me pede pra te cortejar me apontando o dedo com acusações;
Você me diz querer "vida leve" em meio a inúmeras comparações;
Me cobra elogios em seguida da crítica do meu cabelo e do meu vestir;
E GRITA pedindo silêêêêncio ameaçando ir embora por eu não te valorizar.

MANIFESTO POR SENTIDO


   Há de alcançarmos um tempo em que o "ter" será suprimido por "ser". E neste tempo, pessoas acharão outras interessantes pelo conteúdo da conversa e pelos valores expressos em histórias vividas e não mais pelo telefone de última geração ou pela grife das roupas ou tipo de carro.
   Há de chegar o dia em que conversar olhando nos olhos será um dos principais sinais de educação superando até o número de idiomas falados e saber comer com os talheres certos.
   Há de chegar um tempo em que se falarão menos em significado e viverão algo que seja mais do que os próprios interesses, que o propósito será algo mais profundo que prazeres momentâneos ou felicidade fulgaz. Talvez neste tempo os"homens" se concentrem mais em viver uma vida que valha um livro do que interessados em publicar um livro.
"Os homens deveriam preferir viver uma vida que valesse um livro a desejar escrever um." - Viktor Frankl (adaptação livre)

JANELA ABERTA

Estou cheio de certezas que não são minhas e de pensamentos que não são meus. Talvez por sermos feitos de tijolos que não fizemos e de argamassa que tomanos posse e processamos no betoneira das nossas emoções. Distorcemos a "palavra alheia" com os ruídos das nossas experiências e perdemos o "olhar dos outros" por nossa teimosia em manter nossas lentes. Desperdiçamos a maior parte da existência humana por contentamento que a segurança do conhecido traz.

SERMÃO


A sua fala mansa não me cansa
"O seu olhar atento eu não entendo"
Sua inconstância tanta me confunde
A sua calma é pouco e passa logo
Você me pede pra "não dizer" no meio de um discurso interminável
Que pra tudo eu observo alguma coisa, em meio a sua rispidez e fala rude
Me diz que eu não entendo e que sou confuso
Me pede vida leve sem vivê-la
Eu fui interrompido e me calei
Me disse "sou só ouvidos" e passada meia hora de já não importava mais se a porta foi aberta ou se você abriu
Foi tanto o que dissestes; já não lembra o que nem quanto me pediste
Eu "fiz" os seus pedidos mesmo sem cumprires suas promessas
E eu que sou o incompreensível,  aquele que não presta atenção, que não te valoriza...

FÉ ATIVA




   Talvez devêssemos negar os modelos de fé passiva onde se espera que algo, alguém ou alguma força superior lhe conceda a "graça" desejada e lhe traga pronto um "milagre" que você seria muito mais merecedor se construísse ao invés de pedir/orar/rezar por ele.
   Talvez devesse ser ou até já seja uma espécie de pecado pedir algo que você não trabalha na construção ou para que aconteça por suas próprias mãos. Talvez você zangue seu Deus pedindo por algo que esteja completamente ao seu alcance e sua capacidade.
   Certamente muitos milagres já seriam história registrada sem a displicência, a negligência e a preguiça de muitos.

AMOR DOENTE




Estranho um amor que vive ameaçando partir;
Seria mesmo amor?
Amor que condiciona ou "faz isso" ou "sem aquilo" se pode chamar amor?
Que vive a se auto valorizar ignonando reconhecer a outra parte;
Que pede muito aquilo que nunca da.
Que acusa comportamentos indesejados do outro e proíbe falar dos seus.
Que sente ciúme em demasia, por vezes insistindo em coisas que não existem.
Dois ou mais desses sintomas deveriam ser indicativo de doença de amor a impulsionar buscar tratamento e a alma do todos pode ser indicativo de falso amor.

NÃO MERECEDOR




   Estranho eu "apanhar" por algo que "não fiz". Levar bronca por ter me comportado uma única vez como você se comporta normalmente. Esquisito você esbravejar por meu ato isolado ser tão corriqueiro no jeito seu.
   Aceitarei resignada desejando que um dia se perceba e quem sabe me perdoe por ter sido cópia tão fiel de comportamento seu.

SAUDADE



Acordei cantando você
Querendo não querer te querer
Sentindo saudade, desejo, vontade
Te quis descrever, te ler,  te encontrar
Saber onde te procurar
Te cantar,  te sentir,  ter você

SABER CALAR




   Além do dito popular que "somos senhores do que não dissemos e escravos do que falamos", cabe muita coisas por traz do silêncio.
   O silêncio consegue ser, ao mesmo tempo, poderoso e perturbador. As palavras lançadas tem peso diferente para quem as pronuncia conforme nível emocional, estado de espírito ou proporção do impulso aplicados ao texto. Ainda que as vezes sussurrados e em outras gritados; os textos marcam mais os ouvintes do que aquele que o diz. Quem ouve no entanto faz uma livre tradução do vocabulário somado ao tom de voz mais a expressão facial e corporal.
   Será mesmo que precisamos dizer tudo que vem a nossa mente? Seriam todas verdadeiras as ameaças de ir embora/abandonar? Teria mesmo alguma mãe coragem de deixar seu filho se ele se jogar no chão em algum estabelecimento?

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

QUANTO SUA VIDA PESA?


Trasncrição da fala do vídeo:

"Quanto as suas vidas pesa?

"Imaginem que estão carregando uma mochila nas costas. Eu quero que sintam as alças nos ombros. Sentiram?

Eu quero que guardem nela todas as coisas que tem na vida. Comecem pelas coisas pequenas. Os objetos das prateleiras e gavetas, os enfeites, as coleções... Sintam o peso aumentar. Comecem a guardar coisas maiores: Suas roupas, itens de cozinha, lâmpadas, jogos de cama, as TVs. As mochilas devem estar pesadas, mas guardem mais. Que tal o sofá? A cama? A mesa de jantar? Guardem tudo lá dentro. O carro também pode guardar. A casa! Pode ser um conjugado ou um sala e dois quartos. Eu quero que vocês guardem tudo isso dentro da mochila.

Agora tentem andar!

Difícil não é?

Pois é o que nós fazemos sempre. Nós carregamos tanto peso que não conseguimos mais nos mover. E não se enganem! A vida é movimento.
Agora; vamos queimar as mochilas. O que vocês querem tirar dela? As fotos? Fotos são pra gente que não se lembra de nada. Tomem gincobiloba e deixem que elas queimem. Eu quero que deixem tudo queimar. Imaginem acordar amanhã sem nada. Isso é bem revigorante não é?"


Será que não somos mesmo assim?

O Trecho do filme nos faz refletir sobre os nossos apegos e nossas próprias miragens, ilusões. Vivemos presos ao poder de cargo, ao status de determinado carro, ao endereço e até dos lugares que frequentamos. Foi Lya Luft quem perguntou "onde começamos nós e termina a influência de tantos?". E nesta mesma linha talvez tenha sido Freud quem profetizou que "as raízes da nossa criação são profundas que somos incapazes de arrancar". 

Será?

terça-feira, 27 de maio de 2014

SOMOS FALÍVEIS


   Há tempos em que o corpo cansa, a mente cansa e a alma cansa.
   Os sinais físicos se tornam evidentes. Pode ser uma febre, uma dificuldade de se concentrar ou outros mínimos sinais de deficiência de capacidades comuns que começam a falhar.
   Há momentos em que calar é a melhor resposta e que o sono é o melhor revide.